Para abrir o tópico gostaria de partilhar uma experiência com uma antena wire de +- 16 metros de comprimento a 3 metros acima do solo.As frequências utilizadas perto dos 5MHz, a potência utiliza foi 1W. A distância foi de 45 KM.Resultado foi uma comunicação de voz com uma qualidade muito boa.Aproveitámos para testar se através de onda directa conseguiriamos ligação então perto dos 15Mhz com 100W de potência o resultado foi de sinais muito fracos. Conclusão uma antena bem adaptada e bem orientada com uma frequência bem calculada consegue-se bons links com pouca potência.
Acerca dos resultados práticos alcançados, são considerados regulares, neste modelo de ligações ionosféricas por efeito de NVIS.
Ponto 1 - A cobertura de 45 km de distância, foi conseguida graças ao ganho de direcção, do ângulo de elevação do lóbulo de radiação da antena, neste caso foram 84,9º de elevação. Nestas condições, uma antena filar, do tipo end-feed (antena do manpack), polarizada horizontalmente, acima do solo, mesmo que, apenas a 3 metros, desde que não tenha um comprimento de fio superior ao 1/4 do Lambda ou ligeiramente capacitiva (mais curta), pode conferir ganhos de elevação, oferecendo ângulos de radiação vertical situados acima dos 60º e até 90º, o que permite fazer reflectir nas distâncias acima da linha de vista de 5 a 15 km ou até 300km, estando a camada F2 na média dos 250 km de altitude. São as distâncias que se situam no raio dos alcances para as ligações de NVIS.
Ponto 2 - A potência empregue de apenas 1W, são cerca de 30 dBm de energia (quase EIRP), parte dela radiada na direcção desejada, aquilo que quer uma antena whip quer mesmo um dipolo táctico, de 2 a 30 MHz, não fariam da mesma forma. Considerando o nível de sensibilidade do receptor de HF, situado nos -118 dBm, para 12 dB SINAD, o path-loss deste link em 5 MHz (sem atenuação na camada D, que é ocasional e pode ser prevista), incluindo eficiência das antenas e o ganho de conjunto do link (antena de RX e TX), seria cerca de 110 dB, logo, a energia de RF no budget deste link, estaria situada em cerca de -80 dBm, centrando o link na frequência crítica de reflexão, a foF2, a relação sinal ruído estaria acima dos 38 dB, com apenas 1W de potência na emissão de cada um dos lados do link. Aqui os factores importantes são, ângulo de elevação e ganho de conjunto das antenas de ambos os lados da ligação, e ainda a determinação efectiva da frequência crítica de reflexão (foF2), sem isso nada feito.
Ponto 3 - A referência à ligação a 45 km de distância com 100W (50 dBm) de potência, não referem o tipo de antenas empregues. Neste exemplo, realizaram uma ligação por onda de superfície, com ângulos de radiação nos 0 dB abaixo dos 5 a 10º de elevação, é uma ligação cuja atenuação a 15 MHz (dependendo da orografia do terreno, altura e tipo de antenas, eficiência e ganhos de conjunto), pode ser superior a 158 dB. Neste exemplo a relação sinal ruído do link, seria igual ou inferior a cerca de 10dB, para os mesmos -118 dBm de sensibilidade do RX, parece ter sido o caso. Esta não é uma ligação por NVIS, carece de mais potência, é menos estável, sujeita a grandes variações, apenas superável, em determinadas condições de terreno, por linha de vista, onda de solo (que não ocorre em 15 MHz) e onda de superfície (fortemente atenuada).
Para abrir o tópico gostaria de partilhar uma experiência com uma antena wire de +- 16 metros de comprimento a 3 metros acima do solo.As frequências utilizadas perto dos 5MHz, a potência utiliza foi 1W. A distância foi de 45 KM.Resultado foi uma comunicação de voz com uma qualidade muito boa.Aproveitámos para testar se através de onda directa conseguiriamos ligação então perto dos 15Mhz com 100W de potência o resultado foi de sinais muito fracos.
ResponderEliminarConclusão uma antena bem adaptada e bem orientada com uma frequência bem calculada consegue-se bons links com pouca potência.
Acerca dos resultados práticos alcançados, são considerados regulares, neste modelo de ligações ionosféricas por efeito de NVIS.
ResponderEliminarPonto 1 - A cobertura de 45 km de distância, foi conseguida graças ao ganho de direcção, do ângulo de elevação do lóbulo de radiação da antena, neste caso foram 84,9º de elevação. Nestas condições, uma antena filar, do tipo end-feed (antena do manpack), polarizada horizontalmente, acima do solo, mesmo que, apenas a 3 metros, desde que não tenha um comprimento de fio superior ao 1/4 do Lambda ou ligeiramente capacitiva (mais curta), pode conferir ganhos de elevação, oferecendo ângulos de radiação vertical situados acima dos 60º e até 90º, o que permite fazer reflectir nas distâncias acima da linha de vista de 5 a 15 km ou até 300km, estando a camada F2 na média dos 250 km de altitude. São as distâncias que se situam no raio dos alcances para as ligações de NVIS.
Ponto 2 - A potência empregue de apenas 1W, são cerca de 30 dBm de energia (quase EIRP), parte dela radiada na direcção desejada, aquilo que quer uma antena whip quer mesmo um dipolo táctico, de 2 a 30 MHz, não fariam da mesma forma. Considerando o nível de sensibilidade do receptor de HF, situado nos -118 dBm, para 12 dB SINAD, o path-loss deste link em 5 MHz (sem atenuação na camada D, que é ocasional e pode ser prevista), incluindo eficiência das antenas e o ganho de conjunto do link (antena de RX e TX), seria cerca de 110 dB, logo, a energia de RF no budget deste link, estaria situada em cerca de -80 dBm, centrando o link na frequência crítica de reflexão, a foF2, a relação sinal ruído estaria acima dos 38 dB, com apenas 1W de potência na emissão de cada um dos lados do link. Aqui os factores importantes são, ângulo de elevação e ganho de conjunto das antenas de ambos os lados da ligação, e ainda a determinação efectiva da frequência crítica de reflexão (foF2), sem isso nada feito.
Ponto 3 - A referência à ligação a 45 km de distância com 100W (50 dBm) de potência, não referem o tipo de antenas empregues. Neste exemplo, realizaram uma ligação por onda de superfície, com ângulos de radiação nos 0 dB abaixo dos 5 a 10º de elevação, é uma ligação cuja atenuação a 15 MHz (dependendo da orografia do terreno, altura e tipo de antenas, eficiência e ganhos de conjunto), pode ser superior a 158 dB. Neste exemplo a relação sinal ruído do link, seria igual ou inferior a cerca de 10dB, para os mesmos -118 dBm de sensibilidade do RX, parece ter sido o caso. Esta não é uma ligação por NVIS, carece de mais potência, é menos estável, sujeita a grandes variações, apenas superável, em determinadas condições de terreno, por linha de vista, onda de solo (que não ocorre em 15 MHz) e onda de superfície (fortemente atenuada).